Biografia

Acadêmico, adulto, Maramgoní segue a linha por um longo tempo, até se encontrar com a necessidade de explorar e de buscar um novo horizonte artístico para si mesmo. Inicia seus estudos em arquitetura por preferência pessoal, descobrindo nas formas greco-romanas uma nova inspiração, algo que o conectaria diretamente ao seu grande amor: a retratação do espaço urbano.

E assim, em acrílica sobre tela, o “menino” de São Paulo, maduro, cresce ao lado de suas obras, retratando lugares históricos da própria cidade, como o Vale do Anhangabaú, a Avenida Paulista, o edifício Altino Arantes (Banespa), entre outros endereços e ambientes celebrados da metrópole.

São em suas visões, urbanas, que suas diferentes experiências se reúnem, dando vida a uma nova linguagem, sua. Amparado por uma técnica fundamentada no conhecimento dos cânones do academicismo, como conceitos de luz e sombra e de diálogo entre as cores, sua arte se desenvolve, amadurece e se consolida.

Maramgoní, através do universo citadino, conversa, com si mesmo e seu público. Cada nova imagem se torna uma expressão de sua arte no mundo, e seus traços, afirmações de sua linguagem: lírica em seus melhores momentos, abstrata, ao propor reflexões, e urbana, ao ter nos edifícios e nas cidades o assunto estimulante de sua matriz criadora.

“Mais do que discutir a arte, o artista necessita ter um envolvimento com aquilo que faz, especialmente em sua busca por um aprimoramento técnico e uma linha de trabalho que o satisfaça enquanto pesquisa estética” (Maramgoní).